A Sonus Faber está a festejar 40 anos com estrondo. Não se trata de “apenas” mais um par de colunas, são as Suprema, um sistema que se auto-intitula como o “projeto mais ambicioso” da marca, o que só por si já promete.
Imagina um setup com duas colunas principais, dois subwoofers de driver duplo e crossover externo, tudo isto proposto por um valor de três quartos de milhão de euros… Sim, não estou a falar de trocos. Estou a falar de um sistema que custa tanto como uma casa na Avenida da Liberdade.
Esta extravagância tem estilo como não poderia deixar de ser. As colunas principais mantêm a forma de alaúde, na tradição da marca. Os painéis laterais em madeira multicamada, e o painel frontal em couro, feito em colaboração com a Poltrona Frau, a marca de mobiliário que só uma minoria conhece pessoalmente.
Os subwoofers? Aqui não há caixas retangulares, são elípticos em honra ao violino Stradivari, senão seriam demasiado banais. O crossover externo é uma caixa elegante também, nas mesmas cores do restante conjunto: vermelho, grafite ou nogueira, à escolha.
O sistema das colunas é um verdadeiro festival de inovações acústicas. Os altifalantes são de 4,5 vias, com uma nova gama média chamada Camila (quem é que inventa estes nomes?) com diafragma de polpa e magneto duplo. A câmara é feita de cortiça reciclada – porque a Sonus Faber não é só sobre som, é sobre salvar o planeta.
Ah, e os subwoofers? Feitos para serem estrelas por direito próprio. Drivers de fibra de carbono de 38 cm e motor de neodímio que escava graves até aos 16 Hz. Sem desafinar quando for preciso reproduzir o som de tremores de terra. E, claro, colunas desacopladas do chão, com mecanismos pensados em conjunto com a IsoAcoustics, para garantir os melhores resultados. O crossover é dual mono, totalmente balanceado.
Mas espera, há esperança para a tua conta bancária. Se achares que gastar o preço de um iate num mimo para os sentidos é um exagero, podes sempre poupar €70.000, se escolheres deixar ficar um dos subwoofers em Santos Pousada. A Sonus Faber faz-nos sonhar, mas o preço faz-nos acordar para a realidade. Pelo menos à maioria de nós.